O Grupo

Com dois discos autorais, espetáculos e muitas outras parcerias, o grupo de pesquisa musical é o responsável pela ampliação do repertório, linguagens e ritmos, possibilitando formatos menores de apresentação e desenvolvimento de outros projetos.
A coordenação compartilhada já teve diversas configurações ao longo dos anos, organizada por autogestão, refletindo também nas formações de palco que foram, da bateria de maracatu reduzida à introdução de outros instrumentos e ritmos como as congas, o ijesá e o coco.
Aqui apresentados as principais realizações do grupo:

Toadas do Maracutaia

EP produzido entre 2020 e 2021, durante o período de isolamento social, com financiamento da Lei Aldir Blanc, Toadas do Maracutaia, reúne algumas das músicas compostas pelo bloco ao longo da sua trajetória.
Inspirados pelos sotaques e melodias das maracatus tradicionais, o exercício de compor se tornou uma forma de conexão e identidade do grupo, que ao falar de si, seu território e seus guias fortalecem a brincadeira coletiva.
Com composições de Tyaro e Pedro Prata, o Ep é a primeira parte do projeto de gravação e lançamento das toadas de novos e velhos integrantes do Maracutaia.

Ficha técnica:
Direção geral: Grupo Maracutaia e etnohaus
Produção musical: Leon Miguel, Pedro Amparo, Pedro Rondon
Mixagem: Vini Machado
Vozes: Lina Miguel, Tyaro, Pedro Prata
Percussão e coro: Leon Miguel, Pedro Amparo, Pedro Rondon, Thiago DiDeus, Nana Orlandi, Jéssica Oliveira, Lina Miguel, Lais Salgueiro e Debora Brasil, Laís Salgueiro, Ferran Tamarit

Boca de Nego

Primeiro trabalho autoral do Maracutaia, o disco e espetáculo Boca de Nego, lançados em 2015, refletem em musica e dança a relação do grupo com a cultura do orixás, com composições coletivas, em um processo de aprofundamento das vivências nesse universo. 
De Exu a Obatalá, a produção busca trazer um pouco da energia e do ambiente de alguns dos mais importantes deuses da tradição yorubá no Brasil, entoando novas e velhas histórias nas letras, nos gestos, ou nos toques que os representam.
O disco, produzido e mixado por Matheus Bahiense e Marco Suzano, explora a relação entre as vozes e a percussão, que se hamonizam entre a precisão e a imprecisão desses instrumentos orgânicos. Desse encontro primordial, se desdobram, assim como na maioria das manifestações afrodiaspóricas, outras conversas entre música e corpo, imprimindo nos gestos da bailarina, elementos ritmicos e musicais que costuram a composição de um espetáculo multilinguagem.
Em trios, duplas ou solos de dança, ocupando os espaços do palco, o resultado é a montagem de cenas contemporâneas que interpretam o repertório, em uma construção coreográfica que parte da consciência do movimento, mesclando diferentes técnicas em dança, com o intuito de criar uma linguagem afro-brasileira singular, que reflita a trajetória corporal de cada bailarina e os interesses estéticos do coletivo.

Ficha técnica:
Direção geral: Grupo Maracutaia e etnohaus
Produção musical: Matheus Bahiense e Grupo Maracutaia
Mixagem e pós produção: Marco Suzano
Vozes e percussão leve: Lina Miguel, Miguel Jorge, Nana Orlandi, Tyaro
Percussão: Fabio Maciel, Leon Miguel, Pedro Amparo, Pedro Rondon, Thiago DiDeus
Corpo de dança: Lais Salgueiro, Luna Leal e Sofia Feijó
Coordenação de movimento: Cissa Feijó

Bailijesá

Espetáculo montado em 2011, o Bailijesá é um baile dedicado ao Ijexá, principal ritmo tocado nos Afoxés espalhados pelo Brasil, manifestação conhecida como “ candomblé de rua”, com forte representação nos terreiros, no carnaval e também na MPB.
Propondo assim, uma viagem pelos territórios que o ritmo aparece, o repertório conta com dezenas de toadas e canções dos Afoxés tradicionais, principalmente dos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro e Bahia, assim como de compositores consagrados como Paulo César Pinheiro, Mateus Aleluia, Gilberto Gil e outras composições autorais.

Como no Afoxé, o Bailijesá é sustentado por dois principais pilares: vozes, divididas entre coro e voz guia e a percussão – trio de atabaques, agbês e agogôs -, em um encontro de sons graves e agudos que produzem uma grande massa sonora, capaz de fazer os corpos dançarem.

A dança é parte essencial para criação da atmosfera de baile, borrando a fronteira entre os artistas e o público, seja nas rodas ou nos cardumes seguindo as movimentações típicas dos afoxés de maneira sincrônica e espontânea. Muitas bailarinas e bailarinos já compartilharam a liderança e a construção do repertório de movimentos do Bailijesá, que atualmente é guiado pela bailarina e pesquisadora Laís Salgueiro. Nos primeiros anos do Bailijesá contamos com artistas que já participavam do nosso bloco: Alexandre Garnizé na percussão, e Luiza Dias, Morgana Masseli e Priscila Bittencourt na dança e no agogô. 

O Baile conta sempre com participações de mestres e mestras das tradições afro brasileiras, como o Babalorixá e músico Dofono D`Omolu e a Baiana Rica do Maracatu Estrela Brilhante de Recife Maurício Soares, além bailarinas e bailarinos e alunas da oficina de Danças e Expressões.

Ficha técnica:
Vozes e agbê: Lina Miguel, Miguel Jorge, Nana Orlandi, Tyaro
Percussão: Fabio Maciel, Leon Miguel, Pedro Amparo, Pedro Rondon, Thiago DiDeus
Corpo de dança: Lais Salgueiro, Luna Leal e Sofia Feijó

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