O Maracutaia

O Grupo Maracutaia é um coletivo de pesquisa e criação artística de ritmos e danças populares do Brasil, com fundamento no Maracatu de Baque Virado. Nesse site apresentamos o histórico do grupo, organizando o acervo e memória de cada parte do coletivo que hoje se divide em : BLOCO / GRUPO / OFICINAS / DISCOS E CLIPES /  “APOIE UM MARACATU”

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Nascido em 2005, como um grupo de maracatu, o Maracutaia faz uma reverência às Nações de Baque Virado, conectando Rio e Recife, cidades de culturas ricas e diversas e fazendo parte da popularização de ritmos de sotaque nordestino em terras cariocas que, nas últimas décadas, gerou novos e inusitados blocos de carnaval. 

As cores amarela e preto e a logo que representa o Maracutaia, são elementos de identificação e nasceram junto das primeiras tocadas e ensaios de bloco. A alfaia – tambor símbolo do maracatu –  com headphone, apresenta uma das principais identidades do grupo: o entendimento de que o urbano e suas tecnologias e, os saberes populares, atualmente, são inseparáveis e se retroalimentam nas frestas e festas da (re)existência.

Em desfiles carnavalescos anuais, desde de 2008, o bloco Maracutaia já arrastou muitos foliões pelas ruas de Santa Teresa e hoje desfila no Centro do Rio de Janeiro. Com mais de 50 integrantes, entre batuque e dança, o bloco, a partir das experimentações rítmicas e de movimento passou a compor arranjos e toadas que mesclam as referências tradicionais, desenvolvendo, aos poucos, seu próprio sotaque e estética.

Na bateria, a ala coreografada de Agbês se destaca como um ponto alto no trabalho do grupo. Parte do repertório autoral está gravado no ep de “Toadas do Bloco”, lançado em 2021. 
Com o tempo, o coletivo se dividiu em diferentes frentes de trabalho: os desfiles anuais, a pesquisa de dança com realização de oficinas regulares, campanhas como “Apoie um maracatu”, e o grupo de pesquisa musical, responsável pela ampliação do repertório, linguagens e ritmos, possibilitando formatos menores de apresentação e desenvolvimento de outros projetos como espetáculos e a gravação de discos autorais.

Entre os projetos, lançamos o disco Boca de Nego (2015), primeiro disco autoral do grupo, realizado através de financiamento coletivo, com produção musical de Mateus Bahiense e co-produção de Marco Suzano e o EP “Toadas do Maracutaia”, realizado em 2021 através do edital “Fomento a Todas as Artes” na categoria Carnaval. Esse e outros projetos foram realizados em parceria com o coletivo etnohaus.